quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Saiba como fazer a manutenção da moto em casa

Vistoria caseira pode aumentar a segurança do piloto no trânsito.
Confira as dicas sobre motor, corrente, parte elétrica, entre outros.



Dentre os milhares de cidadãos que todos os dias se deslocam motorizados pelo Brasil afora, tanto os motoristas de automóveis quanto os motociclistas, uma parcela significativa pouco se preocupa com a manutenção do equipamento. Em certos casos, os custos elevados colaboram para aumentar esse número. Porém, não se pode esquecer que além da segurança, a manutenção também mexe com o bolso, mas diferentemente da forma como muitos pensam. Pois é, manutenção pode ser vista como uma economia. Seja um carro ou uma moto, quando bem cuidado vai economizar mais.



O que os motociclistas muitas vezes não sabem é que alguns itens podem e devem ser inspecionados em casa mesmo e essa manutenção caseira pode aumentar a segurança do piloto e contribuir para um trânsito melhor. É um procedimento simples e rápido, então, fique atento:

 Parte elétrica

Uma dica para saber se está tudo em ordem com a parte elétrica é, antes de utilizar a motocicleta, verificar se todas as luzes, setas e buzina estão funcionando adequadamente. Veja também o estado geral dos cabos de vela e o cachimbo, peça ligada à vela de ignição. Um determinado modelo pode ter um sistema mais complexo, dotado de diversos recursos, mas independente disso, o que o condutor nunca deve deixar de examinar é a bateria. Ao menos uma vez a cada seis meses o nível da água da bateria deve ser verificado.

Alguns indícios podem denunciar a falta de solução na bateria como, por exemplo, quando o farol enfraquece em marcha lenta e fica forte ao acelerar ou quando o pisca é acionado e a luz em geral pisca junto. Se isso ocorrer, é sinal de que a bateria está enfraquecendo e precisa urgentemente completar o nível da solução. Ao deixar a bateria sem água por muito tempo, de uma hora para outra o condutor pode ficar na mão. Como algumas motos não contam com o pedal de partida, o motociclista poderá ficar a pé.
Motor

Verifique se há vazamentos e confira o nível do óleo. Se necessário complete. Dizer para seguir a recomendação do fabricante não é nada mais do que o correto, mas é também o que ninguém presta atenção. O ideal é trocar o óleo do motor da motocicleta conforme a recomendação, que pode ser a cada 1.000, 3.000 ou 5.000 km, sempre em conjunto com o respectivo filtro. Lembre-se que uma vez que o óleo esteja no motor, independente da quilometragem, ele deverá ser substituído em no máximo seis meses. Acione o motor e observe se não há ruídos estranhos.

É importante conferir também o filtro de ar. Veja no manual o período indicado para troca, mas se for o caso de trafegar por estradas de terra, por exemplo, o intervalo deverá ser reduzido. Se a motocicleta for equipada com o filtro de ar do tipo viscoso, nunca tente limpá-lo, pois isso irá danificá-lo.


Pneus

O segredo é manter a calibragem bem ajustada, pois o pneu precisa estar aderente ao solo para que o condutor tenha toda segurança durante a pilotagem. Não esqueça que ao carregar alguém na garupa é preciso aumentar a pressão do pneu traseiro. A calibragem varia de acordo com as medidas do pneu, porém sempre são divulgadas tanto pelo fabricante da moto quanto pelo fornecedor do pneu.
É importante ficar atento aos detalhes, pois o pneu esquenta com a rodagem e isso provoca uma dilatação do ar, o que pode aumentar a calibragem em até 6 libras. Assim sendo, tenha em mente que ao calibrar o pneu, a pressão vai aumentar. Em uma viagem, por exemplo, o pneu pode ficar muito duro. Uma dica legal é calibrar com nitrogênio, pois o ponto de dilatação é mais elevado , o que mantém a calibragem mais estável e por mais tempo.

Outra preocupação com os pneus está no momento de fazer a troca. Ao escolher um local para esse serviço, confira se a máquina de montagem é mesmo para motos. Esse cuidado é essencial, principalmente para as rodas raiadas. Geralmente os pneus originais aguentam em torno de 10 mil a 12 mil quilômetros, mas independente da quilometragem é importante ficar atento ao friso na faixa central. Quando perceber que tem falhas, ou seja, está gasto, não bobeie e procure fazer a substituição o quanto antes.

Certa instabilidade também pode denunciar o momento da troca, assim, o fundamental mesmo é não estender a substituição. Para escolher o pneu certo, o melhor é manter a versão original de fábrica, mas como existem vários tipos de pneus, o condutor pode optar por uma versão de composto mais duro, que vai durar mais, porém menos eficaz para aqueles pilotos que pretendem andar mais forte, utilizando toda a capacidade do pneu. O composto do tipo mais macio por sua vez vai durar menos, entretanto conta com a melhor aderência e isso se converte em segurança. Para todos os fins, sempre é bom seguir a recomendação do fabricante da moto, mesmo para fazer alterações.

Corrente

A corrente é responsável por transmitir o torque, ou seja, a força gerada pelo motor às rodas. O único cuidado a tomar com a corrente é apenas a lubrificação, que deve ser feita a cada 500 km ou logo depois de trafegar em dias chuvosos ou sair da lavagem. O lubrificante mais recomendado para fazer a lubrificação é óleo do tipo SAE 80 ou 90, que é bem grosso. Outra opção a ser empregada é a graxa náutica. Sua vantagem é não sair com água.


Freios

Existem dois tipos de freio: o modelo a tambor e o a disco. No modelo a tambor a manutenção é mais simples e mais em conta, porém esse modelo não é tão eficaz quanto o freio a disco. O modelo a tambor sofre mais em condições adversas, como por exemplo, em dias de chuva. Entretanto, se bem regulados, funcionam adequadamente. Esse é o cuidado a se tomar. Como ele não se ajusta automaticamente é muito importante sempre manter ajustado a folga do cabo ou do varão de acionamento do freio.

No freio dianteiro é recomendável observar o estado do cabo de acionamento, sempre mantendo a lubrificação. Caso entre água no tambor, as lonas podem acumular sujeira e gerar ruídos durante a frenagem. Isso não é um problema, mas exige atenção e com o tempo a devida manutenção.

No modelo a disco, por ser hidráulico, ele se auto-ajusta, mas é preciso conferir sempre o nível de fluido do reservatório, geralmente no guidão. Muitas vezes, quando o nível baixar não será indício de que o fluido vazou e sim que está na hora de trocar as pastilhas.

Por ser um item primordial, as verificações devem ser feitas, no máximo, a cada 15 dias.


Combustível


Usar combustível de boa qualidade é fundamental. Evite receitas caseiras que misturam combustíveis diferentes. Utilize apenas o combustível específico para sua moto. Uma dica é evitar completar o tanque além da marca indicada.
Aparência


Diferentemente dos automóveis, a motocicleta expõe muito mais o seu chassi e certas peças metálicas, o que pode facilitar o surgimento de pontos de ferrugem. Para evitar que isso ocorra, lave a moto periodicamente. Não remova a poeira com um pano seco, pois a pintura poderá ficar riscada.

Na lavagem não utilize equipamentos de alta pressão, pois o jato forte e direto pode danificar partes, retirar lubrificantes ou estragar a pintura. Lembre-se da não utilizar produtos abrasivos e solventes, pois danificam as peças plásticas, de borracha e, até mesmo, as metálicas.

Em regiões litorâneas, o contato com a maresia e umidade é mais intenso, portanto, se utilizar a motocicleta com certa freqüência nessas regiões, as lavagens devem ser mais constantes. O ideal seria uma vez por semana, para remover os elementos agressivos e evitar oxidação. Logo em seguida, não esqueça as lubrificações, fundamentais para evitar o acúmulo de sal.

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